quarta-feira, 14 de outubro de 2009
CRONOGRAMA PARTE FINAL DO CURSO
terça-feira, 1 de setembro de 2009
Prezados, conforme combinado em sala de aula, não teremos aula nesta quarta-feira (dia 02 de setembro).
Lembro que, neste mesmo dia, haverá o evento na Casa de Rui Barbosa sobre a transição do classicismo ao romantismo. Maiores informações abaixo:

"Como narrar a transição do classicismo ao romantismo?" é o tema da palestra que a Fundação Casa de Rui Barbosa (Rua São Clemente, 134 – Botafogo. Rio de Janeiro/RJ. Tel.: 21 3289-4600) promove no próximo dia 2 de setembro, às 10h, com entrada franca. O tema será conduzido pelo pesquisador Hans Ulrich Gumbrecht, professor do Departamento de Literatura Comparada da Universidade de Stanford (EUA) e um dos mais importantes críticos e teóricos da literatura em atividade. A conferência será proferida em português.
Link para o curriculum do Prof. Gumbrecht na Universidade de Stanford:
http://www.stanford.edu/dept/HPS/gumbrecht.html
terça-feira, 19 de maio de 2009
JOÃO CABRAL DE MELO NETO

http://www.meionorte.com/veronicacoelho,nao-e-apenas-severina,47580.html
2. Tecendo a manhã:
http://www.revista.agulha.nom.br/joao02.html
http://www.revista.agulha.nom.br/joao36.html
CARLOS DRUMMOND DE ANDRADE

http://teratopoesia.blogspot.com/2009/05/o-operario-no-mar-carlos-drummond-o.html
2. Segredo:
http://fumacas.weblog.com.pt/arquivo/082916.html
3. Construção:
http://janainakarina.blogspot.com/2009/04/construcao-carlos-drummond-de-andrade.html
4. Poema de sete faces:
http://www.memoriaviva.com.br/drummond/poema001.htm
5. No meio do caminho:
http://memoriaviva.com.br/drummond/poema004.htm
6. Cota zero:
http://www.casadobruxo.com.br/poesia/c/cota.htm
7. A rua diferente:
http://www.angelfire.com/celeb/olobo/rua.html
8. Também já fui brasileiro:
http://www.horizonte.unam.mx/brasil/drumm1a.html
9. Política literária:
http://www.horizonte.unam.mx/brasil/drumm2.html
MURILO MENDES

http://www.revista.agulha.nom.br/mu1.html#cancao
2. MULHER VISTA DO TOPO DE UMA PIRÂMIDE:
http://br.geocities.com/poesiaeterna/poetas/brasil/murilomendes.htm#Mulher%20Vista%20do%20Alto%20de%20uma%20Pirâmide
http://prosacaotica.blogspot.com/2003/08/arte-de-desamar-meu-amor-disponvel.html
6. O FILHO DO SÉCULO:
http://www.revista.agulha.nom.br/mu1.html#ofilho
sábado, 16 de maio de 2009
MANUEL BANDEIRA

Todas as construções sobretudo as sintaxes de exceção
João Gostoso era carregador de feira livre e morava no morro da Babilônia
num barracão sem número
Uma noite ele chegou no bar Vinte de Novembro
Bebeu
Cantou
Dançou
Depois se atirou na lagoa Rodrigo de Freitas e morreu afogado.
quinta-feira, 7 de maio de 2009
DOIS TEXTOS DE AFIRMAÇÃO DO MODERNISMO

MARIO DE ANDRADE
AUGUSTO DOS ANJOS
segunda-feira, 4 de maio de 2009
SIMBOLISMO
PARNASIANISMO
sábado, 2 de maio de 2009
DOIS POEMAS DE CASTRO ALVES
quinta-feira, 23 de abril de 2009
3 POEMAS DE ÁLVARES DE AZEVEDO



Link para os contos macabros de Noite na taverna:

Para aqueles que porventura queiram se aprofundar nas questões relativas ao Romantismo no Brasil, segue abaixo link para download do livro O romantismo no Brasil, de Antonio Candido, publicado em 2002 pela Editora da Universidade de São Paulo. Trata-se de texto de referência, obrigatório para quem se interessa pela literatura brasileira no século XIX.
sábado, 29 de novembro de 2008

Os conflitos e incertezas metafísicas que faíscam nos poemas deixados por este jovem poeta não passaram desapercebidos por Machado de Assis, que sobre ele declarou: "Contrário a si mesmo, cantando por inspirações opostas, aparece-nos o homem através do poeta romântico".
quinta-feira, 27 de novembro de 2008

ÁLVARES DE AZEVEDO (1831-1852)
LINKS:
AZEVEDO, Álvares. Lira dos Vinte Anos:
http://virtualbooks.terra.com.br/freebook/port/lira_dos_vinte_anos.htm
CARONE, Modesto. "Álvares de Azevedo: um poeta urbano":
http://almanaque.folha.uol.com.br/carone10.htm
INTRODUÇÃO À LIRA DOS VINTE ANOS
Cantando a vida, como o cisne a morte.
BOCAGE
LAMARTINE
São os primeiros cantos de um pobre poeta. Desculpai-os. As primeiras vozes do sabiá não têm a doçura dos seus cânticos de amor.
É uma lira, mas sem cordas; uma primavera, mas sem flores; uma coroa de folhas, mas sem viço.
Cantos espontâneos do coração, vibrações doridas da lira interna que agitava um sonho, notas que o vento levou — como isso dou a lume essas harmonias.
São as páginas despedaçadas de um livro não lido...
E agora que despi a minha musa saudosa dos véus do mistério do meu amor e da minha solidão, agora que ela vai seminua e tímida, por entre vós, derramar em vossas almas os últimos perfumes de seu coração, ó meus amigos, recebei-a no peito e amai-a como o consolo, que foi, de uma alma esperançosa, que depunha fé na poesia e no amor — esses dois raios luminosos do coração de Deus.
quinta-feira, 23 de outubro de 2008
PRIMEIRA GERAÇÃO ROMÂNTICA

Sua importância está no fato de ter sido o introdutor do Romantismo no Brasil. Em contato com o romantismo francês, publicou em 1836 seu livro Suspiros poéticos e saudades, cujo prefácio valeu como manifesto para o Romantismo brasileiro, sendo por isso considerado o iniciador dessa escola literária no país. Suspiros poéticos e saudades é dividido em duas partes: "Suspiros poéticos" e “Saudades”. A primeira parte é constituída de 43 poemas sobre os mais diversos temas, tais como a própria poesia, o cristianismo, a mocidade, a fantasia, ou ainda diversas impressões sobre lugares, fatos e figuras da história. A segunda parte é dedicada, como o próprio título declara, à saudade, evocando em 12 poemas a pátria, a família, os amigos, enfim, pessoas, fatos e lugares caros ao poeta.
Seja qual for o lugar em que se ache o poeta, ou apunhalado pelas dores, ou ao lado de sua bela, embalado pelos prazeres; no cárcere, como no palácio; na paz, como sobre o campo da batalha, se ele é verdadeiro poeta, jamais deve esquecer-se de sua missão, e acha sempre o segredo de encantar os sentidos, vibrar as cordas do coração, e elevar o pensamento nas asas da harmonia até às idéias arquétipas.
(Fragmento)
Do mundo me separa,
E da terra os limites encobrindo,
Vagar deixa minha alma no infinito,
Como um subtil vapor no aéreo espaço,
Uma angélica voz misteriosa
Em torno de mim soa,
Como o som de uma frauta harmoniosa,
Que em sagradas abóbadas reboa.
Donde vem esta voz?
— Não é de virgem,
Que ao prazo dado o bem-amado aguarda,
E mavioso canto aos céus envia;
Esta voz tem mais grata melodia!
Donde vem esta voz?
— Não é dos Anjos,
Que leves no ar adejam,
E com hinos alegres se festejam,
Quando uma alma inocente
Deixa do barro a habitação escura,
E na sidérea altura,
Como um astro fulgente
Penetra de Adonai o aposento;
A voz que escuto tem mais triste acento.
Como d'ara turícrema se exalça
Nuvem de grato aroma que a circunda,
E lenta vai subindo
Em faixas ondeantes,
Nos ares espargindo
Partículas fragrantes,
E sobe, e sobe, até no céu perder-se,
Tal de mim esta voz parece erguer-se.
Sim, esta voz do peito meu se exala!
Esta voz é minha alma que se espraia,
É minha alma que geme, e que murmura,
Como um órgão no templo solitário;
Minha alma, que o infinito só procura,
E em suspiros de amor a seu Deus se ala.
Como surdo até hoje
Fui eu a tão angélica harmonia?
Porventura minha alma muda esteve?
Ou foram porventura meus ouvidos
Até hoje rebeldes?
Perdoa-me, oh meu Deus, eu não sabia!
Eram Anjos do céu que me inspiravam,
E outras vozes meus lábios modulavam.
Ainda o rescaldo crepitante fica,
Assim do ardente moço a mente acesa
Na desusada luta que a excitara,
Ainda, alerta e escaldada se revolve!
De um lado e de outro balanceia o corpo,
Como após da tormenta o mar banzeiro;
Alma e corpo repouso achar não podem.
Debalde os olhos cerra; a igreja, as casas,
A vila, tudo ante ele se apresenta.
Das preces a harmonia inda murmura
Como um eco longínquo em seus ouvidos.
Os discursos do tio mutilados,
Malgrado seu, assaltam-lhe a memória.
No espontâneo pensar lançada a mente,
Redobrando de força, qual redobra
A rapidez do corpo gravitante,
Vai discorrendo, e achando em seu arcanos
Novas respostas às razões ouvidas.
Mas a noilte declina, e branda aragem
Começa a refrescar. Do céu os lumes
Perdem a nitidez desfalecendo.
Assim já frouxo o Pensamento do índio,
Entre a vigília e o sono vagueando,
Pouco a pouco se olvida, e dorme, sonha,
Como imóvel na casa entorpecida,
Clausurada a crisálida recobra
Outra vida em silêncio, e desenvolve
Essas ligeiras asas com que um dia
Esvoaçará nos ares perfumados,
Onde enquanto reptil não se elevara;
Assim a alma, no sono concentrada,
Nesse mistério que chamamos sonho,
Preludiando a vista do futuro,
A póstuma visão preliba às vezes!
Faculdade divina, inexplicável
A quem só da matéria as leis conhece.
Ele sonha... Alto moço se lhe antolha
De belo e santo aspecto, parecido
Com uma imagem que vira atada a um tronco,
E de setas o corpo traspassado,
Num altar desse templo, onde estivera,
E que tanto na mente lhe ficara,
— "Vem!" lhe diz ele e ambos vão pelos ares.
Mais rápidos que o raio luminoso
Vibrado pelo sol no veloz giro,
E vão pousar no alcantilado monte,
Que curvado domina a Guanabara.
Cerrado nevoeiro se estendia
Sobre a vasta extensão de espaço em tôrno,
Cobertando o verdor da imensa várzea;
E o topo da montanha sobranceiro
Parecia um penedo no Oceano.
Mas o velário de cinzenta névoa
Pouco a pouco, subindo adelgaçou-se,
E rarefeito enfim, em brancas nuvens.
Foi flutuando pelo azul celeste.
Que grandeza! Que imensa majestade!
Que espantoso prodígio se levanta!
Que quadro sem igual em todo o mundo,
Onde o sublime e o belo em harmonia
O pensamento e a vista atrai, enleva
E faz que o coração extasiado
Se dilate, se expanda, e bata, e impila
O sangue em borbotões pelas artérias!
Os olhos encantados se exorbitam,
Como as vibradas cordas de uma lira,
De almo prazer os nervos estremecem;
E o espírito pairando no infinito,
Do belo nos arcanos engolfado,
Parece alar-se das prisões do corpo.
Niterói! Niterói! como és formosa!
Eu me glorio de dever-te o braço!
Montanhas, várzeas, lagos, mares, ilhas,
Prolífica Natura, céu ridente,
Léguas e léguas de prodígios tantos.
Num todo tão harmônico e sublime,
Onde olhos o verão longe deste Éden?

Nascido no Maranhão, era filho de uma união não oficializada entre um comerciante português com uma mestiça cafuza brasileira, tendo em suas origens a trama genética formadora do povo brasileiro: branca, indígena e negra. Estudou em Portugal onde terminou o curso de direito na Universidade de Coimbra, retornando em 1845, após bacharelar-se. Mas antes de retornar, ainda em Coimbra, teve contato com os grupos literários da Gazeta Literária e de O Trovador, interessando-se pelas idéias românticas advogadas em Portugal por Almeida Garrett, Alexandre Herculano e Antonio Feliciano de Castilho. Em 1849 fundou com Porto Alegre e Joaquim Manuel de Macedo a revista Guanabara, que foi um dos órgãos do movimento romântico, precedida pela revista Niterói. Voltou à Europa em 1862 para tratamento de saúde. Sem resultados, retornou ao Brasil em 1864 num navio que naufragou na costa brasileira; salvaram-se todos, exceto o poeta que foi esquecido agonizando em seu leito e se afogou. O acidente ocorreu no Maranhão.
LEITO DE FOLHAS VERDES
Por que tardas, Jatir, que tanto a custo
À voz do meu amor moves teus passos?
Da noite a viração, movendo as folhas,
Já nos cimos do bosque rumoreja.
Eu, sob a copa da mangueira altiva
Nosso leito gentil cobri zelosa
Com mimoso tapiz de folhas brandas,
Onde o frouxo luar brinca entre flores.
Do tamarindo a flor abriu-se, há pouco,
Já solta o bogari mais doce aroma!
Como prece de amor, como estas preces,
No silêncio da noite o bosque exala.
Brilha a lua no céu, brilham estrelas,
Correm perfumes no correr da brisa,
A cujo influxo mágico respira-se
Um quebranto de amor, melhor que a vida!
A flor que desabrocha ao romper d`alva
Um só giro do sol, não mais, vegeta:
Eu sou aquela flor que espero ainda
Doce raio do sol que me dê vida.
Sejam vales ou montes, lago ou terra,
Onde quer que tu vás, ou dia ou noite,
Vai seguindo após ti meu pensamento;
Outro amor nunca tive: és meu, sou tua!
Meus olhos outros olhos nunca viram,
Não sentiram meus lábios outros lábios,
Nem outras mãos, Jatir, que não as tuas
A arazóia na cinta me apertaram
Do tamarindo a flor jaz entreaberta,
Já solta o bogari mais doce aroma;
Também meu coração, como estas flores,
Melhor perfume ao pé da noite exala!
Não me escutas, Jatir! nem tardo acodes
À voz do meu amor, que em vão te chama!
Tupã! lá rompe o sol! do leito inútil
A brisa da manhã sacuda as folhas!
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MARABÁ
Eu vivo sozinha, ninguém me procura!
Acaso feitura
Não sou de Tupá!
Se algum dentre os homens de mim não se esconde:
— "Tu és", me responde,
"Tu és Marabá!"
— Meus olhos são garços, são cor das safiras,
— Têm luz das estrelas, têm meigo brilhar;
— Imitam as nuvens de um céu anilado,
— As cores imitam das vagas do mar!
Se algum dos guerreiros não foge a meus passos:"
Teus olhos são garços",
Responde anojado,
"mas és Marabá:
"Quero antes uns olhos bem pretos, luzentes,
"Uns olhos fulgentes,
"Bem pretos, retintos, não cor d'anajá!"
— É alvo meu rosto da alvura dos lírios,
— Da cor das areias batidas do mar;
— As aves mais brancas, as conchas mais puras
— Não têm mais alvura, não têm mais brilhar.
Se ainda me escuta meus agros delírios:
— "És alva de lírios",
Sorrindo responde,
"mas és Marabá:
"Quero antes um rosto de jambo corado,
"Um rosto crestado
"Do sol do deserto, não flor de cajá."
— Meu colo de leve se encurva engraçado,
— Como hástea pendente do cáctus em flor;
— Mimosa, indolente, resvalo no prado,
— Como um soluçado suspiro de amor!
—"Eu amo a estatura flexível, ligeira,
Qual duma palmeira",
Então me respondem; "tu és Marabá":
Quero antes o colo da ema orgulhosa,
Que pisa vaidosa,
"Que as flóreas campinas governa, onde está."
— Meus loiros cabelos em ondas se anelam,
— O oiro mais puro não tem seu fulgor;
— As brisas nos bosques de os ver se enamoram
— De os ver tão formosos como um beija-flor!
Mas eles respondem: "Teus longos cabelos,
"São loiros, são belos,
"Mas são anelados; tu és Marabá:
"Quero antes cabelos, bem lisos, corridos,
"Cabelos compridos,
"Não cor d'oiro fino, nem cor d'anajá,"
————
E as doces palavras que eu tinha cá dentro
A quem nas direi?
O ramo d'acácia na fronte de um homem
Jamais cingirei:
Jamais um guerreiro da minha arazóia
Me desprenderá:
Eu vivo sozinha, chorando mesquinha,
Que sou Marabá!
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CANÇÃO DO EXÍLIO
Minha terra tem palmeiras,
Onde canta o Sabiá;
As aves que aqui gorjeiam,
Não gorjeiam como lá.
Nosso céu tem mais estrelas,
Nossas várzeas têm mais flores,
Nossos bosques têm mais vida,
Nossa vida mais amores.
Em cismar, sozinho, à noite,
Mais prazer encontro eu lá;
Minha terra tem palmeiras,
Onde canta o Sabiá.
Minha terra tem primores,
Que tais não encontro eu cá;
Em cismar - sozinho, à noite -
Mais prazer encontro eu lá;
Minha terra tem palmeiras,
Onde canta o Sabiá.
Não permita Deus que eu morra,
Sem que eu volte para lá;
Sem que desfrute os primores
Que não encontro por cá;
Sem qu'inda aviste as palmeiras,
Onde canta o Sabiá.
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LINKS: